Diário de campo
Rio Miranda (MS)
A expedição pelo Rio Miranda foi realizada entre 22-29 de março de 2007. Durante o levantamento aéreo no mês de fevereiro, o rio estava muito cheio e algumas casas perto de Miranda inundadas. Em março, a situação foi diferente com alguns trechos até rasos demais para a navegação. A navegação nos trechos superiores do rio foi complexo, possível somente no barco menor. Apenas foi possível navegar na lancha maior a partir da cidade de Miranda até a foz no Rio Paraguai.
No dia 22, Dia Mundial da Água, a equipe apresentou o projeto em Campo Grande em 3 locais: na UCDB, no Auditório Acrissul no Parque de Exposições e, à noite, num evento na UNIDERP. Ao longo do Miranda, as palestras, seguidas de debate, aconteceram em Bonito, Jardim, Miranda e Corumbá.
Vale ressaltar que o barco utilizado nas navegações usa o motor de popa Evinrude E-Tech, o mais ecológico disponível no mercado que, além de usar até 75% menos óleo que os motores 2 tempos, emite um volume de monóxido de carbono até 50% menor que qualquer motor 4 tempos.
Acompanhe aqui nosso Diário de Campo:
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Ontem, saímos de Brasília à tarde e conseguimos percorrer 500 km até sermos vencidos pela noite, em Rio Verde (GO). Hoje, pensávamos ter um dia tranqüilo pela frente, apenas 650 km para rodar. Realmente, teríamos chegado em boa hora em Campo Grande, não fosse um trecho de estrada de terra de 55 km entre Jataí e Chapadão do Céu. Muito ruim, a estrada, com alguns atoleiros com caminhões presos na lama – tanto que levamos 2,5 horas para percorrer os 55 km! Fomos compensados pelo almoço em Chapadão do Céu que, segundo a placa na entrada da cidade, é a cidade mais limpa do Brasil. Pelo que pudemos constatar, ela é realmente limpa. Há lixeiras em todo lugar e não vimos nenhum lixo no chão.
Desde Rio Verde, já sentíamos o gosto do Pantanal – o dia todo, avistamos emas (não é por nada que o Parque Nacional das Emas leva esse nome), tucanos, seriemas e até um tamanduá-bandeira. Todos vivinhos. Mas para nossa tristeza encontramos muitos tatus mortos.
Foi uma correria para chegar antes das 18h na Replan, empresa que fornece nitrogênio líquido em Campo Grande, para abastecer nosso botijão usado para congelar amostras. Ao longo da viagem toda, ouvimos “Que legal, onde vocês vão pescar?”. As pessoas ficam decepcionadas quando dizemos que vamos pescar amostras de água. Na Replan eles ficaram entusiasmados com nosso trabalho e gentilmente, não quiseram nos cobrar pela recarga de nitrogênio. A conscientização sobre a importância de uma água limpa está em todas as partes. Que bom!
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O Dia Mundial da Água começou com uma palestra na UCDB – Universidade Católica Dom Bosco. Mostramos o trabalho do Brasil das Águas e conseguimos empolgar os universitários que são entusiastas e muito engajados na vontade de ajudar nas questões ambientais.
À tarde, mais uma palestra foi apresentada por Gerard a convite da Secretaria do Meio Ambiente. Foi mais uma oportunidade de conhecermos os esforços que alguns poucos estão emplacando em prol de todos. Naquele mesmo dia, havia se concretizado um projeto para recuperar e proteger um córrego que fornece 50% da água da cidade. O projeto conta com a cooperação de todos os proprietários ao longo desse córrego. Ficamos satisfeitos de ver como, em quase todas as cidades do Brasil, as pessoas estão se dando conta da importância vital de cuidarmos dos nossos mananciais.
À noite participamos de mais um evento, desta vez na UNIDERP, onde os próprios estudantes organizaram um seminário sobre os recursos hídricos, manifestando sua preocupação sobre as águas e sua motivação para fazer algo, ao ponto de sugerir e concretizar o seminário.
Com tantas pessoas motivadas no estado de Mato Grosso do Sul, e o assunto das águas em pauta, certamente haverá bons resultados num futuro bem próximo. Agradecemos o Prof. Felipe Dias da UCDB e Ângelo da WWF pela coordenação desses eventos.
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A intenção era sair muito cedo de Campo Grande, mas desde ontem, detectamos um problema com o freio do carro e tivemos que esperar o horário de atendimento da Land Rover local para consertar o problema.
Finalmente, conseguimos pegar a estrada para Sidrolândia e, ao sair de Campo Grande, ficamos surpresos ao ver uma grande placa apontando para os seguintes destinos “Macchu Pichu, La Paz, Assunção”. Uai! Quantas pessoas passam por essa placa com o intuito de ir a Macchu Pichu? Quase caímos na tentação…!
Mas seguimos direitinhos até Sidrôlandia e cruzamos o rio Miranda pela ponte entre Guia Lopes da Laguna e Jardim umas 3 horas mais tarde. Foi uma bela estrada, as culturas de milho e soja encaixadas entre bons pedaços de floresta que ainda sobram. As famílias de emas estão bem à vontade por todas essas bandas.
Em Jardim, conversamos com Sr. Carlos, Secretário Municipal do Meio-Ambiente e o pessoal da Policia Ambiental, muito ativa na região. Desde nosso sobrevôo do rio, há um mês, as águas baixaram muito e temos uma certa preocupação com a descida do rio no trecho entre Jardim e a Ponte da Ariranha, na estrada federal a caminho de Bonito.
Seguimos então para Bonito, onde à noite fizemos uma palestra nas Secretarias de Turismo e do Meio-Ambiente. Foi aqui que Pedro Meohas, da Agência Nacional de Águas, que se juntaria à equipe para percorrer o rio, conseguiu nos encontrar. Ele deveria ter chegado em Campo Grande no dia anterior, mas devido ao caos nos aeroportos do Brasil, pousou com 12 horas de atraso! Felizmente, pegou carona até Bonito com Ângelo, da WWF.
O local da palestra, atrás do prédio das secretarias ao ar livre, lotou de alunos e interessados, e o debate que seguiu a palestra foi muito animado. O Sr. Augusto, Secretário do Turismo, e o Sr. Edmundo, do Meio Ambiente prestigiaram e participaram do evento. Bonito é uma cidade militante na causa do meio ambiente há muitos anos e, por isso, conseguiu alcançar fama mundial para as belezas naturais da região. Além disso, percebeu a importância de tratar bem as águas que trazem sua fonte de renda através do turismo, e instalou, graças à ajuda do Programa Ambiental da Petrobras, uma estação de tratamento de esgoto que, em breve, vai tratar 100% dos esgotos domésticos da cidade. Vale lembrar que a média brasileira é de apenas 5% de esgotos tratados em todo o país. Apesar da urgência de instalar tal infra-estrutura, até por motivos de saúde, infelizmente o assunto não tem a devida prioridade na maioria das agendas políticas.
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Estamos todos cansados – o evento de ontem foi ótimo e terminou tarde. Até a gente jantar e chegar no hotel, passou de meia-noite. Às 6 horas, já estávamos em pé de novo, Gerard e Tiago sangraram os freios novamente (algum problema misterioso), e pegamos a estrada para Jardim, passando pelo Rio Prata. No caminho, paramos para desviar de uma jibóia de 1.50 metros, que estava no meio da estrada. Como a maioria das pessoas acha graça passar por cima das cobras, descemos do carro para convencê-la a procurar outro caminho.
No Rio Prata, Eduardo Coelho nos esperava para mostrar o trabalho de preservação que está realizando há mais de 11 anos na fazenda. O passeio passou primeiro por uma trilha dentro da mata ciliar que ele protegeu, através de uma RPPN, onde o turista aprende a importância dessa mata. Em seguida, uma parada no Olho d’Água, uma nascente limpíssima, repleta de várias espécies de peixe, desde os pequenos Mato Grosso, vermelhos, até grandes dourados. Tivemos muita sorte – vimos também uma lontra e uma sucuri!
Desde Jardim, seguimos de carro em busca da ‘nascente’ do rio Miranda que, oficialmente, é o encontro do Córrego Fundo com o Rio Roncador, na Fazenda Remanso. Foi paulera… mais de 50 km de estrada esburacada, com a trilha ficando cada vez mais estreita passando por dentro de inúmeras fazendas – um sobe-e-desce danado para abrir as porteiras – até finalmente encontrarmos a fazenda que buscávamos. Só com a ajuda do seu Amador, peão da fazenda, mostrando o caminho por dentro de um matagal, é que conseguimos chegar ao ponto de encontro dos dois rios. Missão cumprida! Daí, já eram quase 5 horas da tarde e tínhamos que estar em Jardim para a palestra às 19 horas. Pegamos outra estrada, também de terra, passando por Guia Lopes que seria mais curta… Viemos correndo e conseguimos chegar depois do pôr-do-sol com 15 minutos de folga para montar a tela na Praça do Encontro. Ufa!
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O calor chegou! Desde cedo, estamos correndo para começar a navegação no Miranda. Felizmente, na palestra da véspera, conhecemos o Taylor, da Policia Ambiental, que recomendou que um soldado descesse o rio com Gerard e que eles fossem sozinhos. O rio, dizem, é muito assoreado e, portanto, dificulta a passagem – quanto menos peso no barco, melhor.
Então, partiram Gerard e o soldado Lima para navegar de Jardim até a ponte Ariranha, onde cruza a BR (estrada federal) indo para Bonito. Enquanto isso, Tiago foi de carro rio acima com outro soldado, o Soares, para coletar uma amostra próxima a um local onde há uma fazenda de arroz muito próxima às margens do rio que já está quase sem nenhuma mata ciliar. Contam os moradores que já houve problemas de saúde desde que essa fazenda começou a plantar arroz, devido aos agrotóxicos usados e à proximidade com o curso do rio.
Após mais de 3 horas navegando rio abaixo, Gerard e o soldado Lima chegaram ao nosso ponto de encontro, Passo da Ariranha logo após a foz do Rio Prata. Segundo Gerard, a descida foi uma sucessão de corredeiras sem parar e não fossem os conhecimentos do soldado Lima, o barco teria virado varias vezes! Lima teve que voltar para Jardim, e mesmo assim, Gerard não desanimou e topou continua descendo o rio, agora com Pedro, ate a foz do Rio Formoso, onde fomos resgatá-los no final do dia. O que não foi fácil, porque tivemos que carregar o barco barranco acima, quase na escuridão, lutando contra o cansaço e os mosquitos. Há mais de 50.000 casos de dengue no Mato Grosso do Sul, então estávamos todos vestidos da cabeça aos pés apesar do forte calor. Nossa intenção era continuar até o Posto 21, mas já era noite e todos estávamos exaustos. Optamos para dormir em Bonito em vez de pegar mais 100 km de estrada de terra.
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Antes das 7 horas, já estávamos saindo de Bonito na estrada de terra que leva a Aquidauana e, após 70 km, cruza o rio Miranda num local chamado Posto 21. Ali, pretendíamos colocar a lancha no rio e descer até a cidade de Miranda, uma longa distância com muito meandros. Porém, nossos planos foram pro brejo quando, a 8 km de Bonito, o suporte do eixo da carreta quebrou, forçando a roda e estragando o pneu. Felizmente, isso aconteceu perto de Bonito. Tiago ficou na beira da estrada tomando conta do barco abandonado e voltamos a Bonito para acionar o resgate, que teve de vir de Jardim!
Final da história, passamos o dia inteiro entre o resgate da carreta com a lancha, o conserto complicado da carreta com reforço, e uma correria louca para chegar a Miranda até 19 horas para a palestra sobre o rio. Após a experiência de manhã, fizemos a estrada para Miranda, também de terra e bastante esburacada, com o maior cuidado, pisando em ovos. A certa altura, ao chegar a uma ponte de madeira sobre um rio sem nome, tivemos que consertar a ponte para poder cruzar! Tinha um imenso buraco no meio, capaz de engolir uma das rodas da carreta, que são menores das do Land Rover.
Faltavam 15 minutos para as 19h quando chegamos na praça e começamos a montar o telão, mesmo sujos e suados porque não deu tempo para passar no hotel antes. Começou a aparecer uma multidão – crianças, adultos, alunos e ribeirinhos. Foi uma palestra bem participativa, gratificante após as tribulações do dia!
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Hoje, finalmente, podemos colocar a lancha no rio! E teremos companhia, na forma de uma equipe da TV Morena, com a repórter Cláudia e uma lancha da policia ambiental. Descemos o rio juntos, falando com pescadores e ribeirinhos, e nos despedindo na foz do Rio Salobra, um belíssimo lugar onde as águas barrentas do Miranda encontram as águas escuras (mas transparentes) do Salobra. No Salobra, é proibida navegação com motor de popa de 2 tempos e a pesca em toda sua extensão, uma ótima iniciativa para a preservação. Quando chegamos ao local um pouco antes do barco da policia ambiental, havia alguns pescadores invadindo as águas negras e nem ligaram para nossa presença. Porém, ao ouvir a aproximação da lancha policial, todos tiraram as varas da água e se mudaram ligeiros para as águas do Miranda!
Com todas as paradinhas para filmagens, já eram 11 horas quando finalmente passamos em baixo das duas pontes (a de ferro e a da BR) na saída de Miranda e começamos a andar com plena potência. Todos nos deram informações diferentes quanto à previsão da nossa viagem. A intenção era chegar em Passo da Lontra, mas o rio tem muitas curvas, muitas mesmo. Alguns avisaram que somente até a Barra do Aquidauana (principal afluente do Miranda) levaríamos o dia inteiro.
Isso nos deixou preocupados porque o caminho até a foz ainda era muito longo.
Deixando Miranda, cruzamos com poucas pessoas – alguma casa de ribeirinho, algum pescador. A maior surpresa, e isso vale para toda a extensão do rio percorrido, é a limpeza das margens. Não vimos garrafas PET, nem latas, nem sacos plásticos boiando no rio. Tanto os ribeirinhos como as autoridades estão de parabéns para essa vitória.
Uma novidade para nós é o sistema de “pesca de galho de árvore” onde o pescador amarra a linha com a isca num galho e inevitavelmente pega algo. O profissional tem direito a 8 dessas varas, mas muitas vezes as piranhas ou os jacarés comem o peixe fisgado antes do pescador voltar.
A mata ciliar do rio era densa e completa com poucas exceções, e a viagem tranqüila. Alcançamos a Barra às 14.30, o Morro do Azeite às 16 horas, onde esperamos uma hora para um reencontro com Tiago e Pedro em vão. Encontrando o portão trancado, eles seguiram para Passo da Lontra, e sem conseguir contato com eles, nós também continuamos, chegando logo antes do pôr-do-sol. Tiago e Pedro estavam descendo o rio na canoa com gasolina, pensando que precisávamos de socorro.
Dormimos no que deve ser o hotel mais caro do mundo, na relação preço/serviço. Com um desconto ‘especial’, porque não ficaríamos para o almoço, cobraram ‘apenas’ R$90 por pessoa num quarto de beliches onde cabem 10 pessoas com um só banheiro. No preço normal de 120 por pessoa, ganham $1.200,00 reais por noite com o quarto cheio sem nenhum conforto (nem armário ou mesinha), e comida bem básica! É um garimpo de ouro nas margens do Miranda!
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O dia seguinte nasceu nublado, inicialmente nos poupando do calor. Pedro viajou no barco e Tiago seguiu sozinho no carro pela Estrada Parque para encontrar conosco próximo à ponte nova da BR no rio Paraguai. Estimamos fazer esse trecho em três horas, mas ficamos distraídos pelo caminho, conversando com pescadores e peões de fazenda. Ás vezes, desligamos o motor só para ouvir os sons das aves pantaneiras. Foi um belo trecho do rio. As águas do rio, misturadas com outras mais escuras que voltavam das baías e dos pântanos ao leito do rio, estavam menos barrentas. Passamos longos trechos sem mata ciliar – descampados naturais que passam longos períodos inundados, ou áreas que foram desmatadas?
À frente, surgiu a Serra do Urucum: estávamos chegando perto do rio Paraguai. Quanto mais aproximamos à foz do Miranda, mais apareciam voadeiras dos pescadores, todos com varinhas de bambu. Com as regras de tamanho mínimo e a fiscalização mais atuante no rio, quando perguntamos sobre o sucesso da pescaria, todos negaram ter capturado algo.
Enfim, o rio Paraguai, imenso, com tapetes de aguapés soltos descendo na correnteza. Nessa época do ano, as águas são escuras, chamadas de ‘sujas’ pelos ribeirinhos. Vez ou outra, encontramos peixes mortos boiando. A mortandade resulta da dequada, um fenômeno natural que ocorre anualmente. Quando a água inunda os campos na cheia, começa um processo de decomposição da vegetação ressecada. As bactérias sugam o oxigênio da água, provocando a morte de milhares de peixes. Dá dó de vê-los subindo à superfície, desesperados, tentando respirar.
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O calor em Corumbá é realmente arrasador, mesmo os corumbaenses reclamam! Cercado pelas águas do Pantanal, exalando umidade e, sem nenhum vento, a gente se sente numa panela de pressão.
Depois de resolver algumas pendências na cidade, como a troca da hélice do barco, quebrada ao bater num tronco submerso durante a descida do rio, levamos Tiago para fazer um breve passeio para conhecer as águas do Pantanal, porque ele está sempre atrás do volante do carro.
Enquanto nas cabeceiras dos rios, a água está abaixando e escoando, no Rio Paraguai ela ainda está subindo e transbordando. Ficamos conhecendo um fenômeno natural chamado a ‘dequada’, quando a água que inunda os campos encontra a vegetação seca e começa um processo de decomposição. As bactérias retiram o oxigênio da água, provocando a morte de milhares de peixes.
Descemos o Rio Paraguai até o Paraguai-Mirim e, na volta, fomos premiados com um belíssimo pôr-do-sol que deixou o Tiago encantado com o lugar.
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Desde cedo, estávamos na estrada de volta ao rio Miranda. Isso porque ficou faltando o trecho que íamos descer quando tivemos o problema com a carreta. Desta vez, optamos por tentar alcançar o chamado Posto 21 (na verdade, o Distrito de Águas do Miranda) passando por Aquidauana, onde teríamos 20 km de asfalto e 30 de terra. Poderíamos ter deixado a lancha num lugar seguro, em vez de levá-la novamente numa estrada esburacada, mas estávamos com a vã esperança de usá-la no rio. Que ilusão!
Posto 21 nada mais é do que uma pequena comunidade de pescadores profissionais e uma séria de ranchos pesqueiros que recebe os amadores. Ao cruzar a ponte, logo percebemos que o rio estava extremamente raso. O sargento Pereira, da Policia Ambiental, foi logo avisando: esqueçam! Havia corredeiras tanto subindo como descendo o rio, e sugeriu que pegássemos uma pequena estrada beirando o rio para ir coletando amostras. Foi isso que fizemos, e ao terminar, estourou um temporal acima da gente. Pelo menos o resultado seria mais água no rio!
Já estava na hora de retomar a longa estrada de volta a Brasília, mas agora com um desvio por Matão, SP, para deixar a carreta com o fabricante para um trabalho de reforço estrutural. Ainda temos três rios para percorrer pela frente.