Região Hidrográfica Atlântico Leste
Área de Abrangência
Área Total: 374.677 km², 4% do País
Países: Brasil (100%)
Estados: Sergipe (4%), Bahia (69%), Minas Gerais (26%), Espírito Santo (1%)
Municípios: – 468 municípios –
Clima
Tipo Climático: Tropical, quente e úmido
Temperatura: A temperatura média anual é da ordem de 27ºC, com variações entre 22º e 32ºC, e amplitude térmica anual baixa, características das regiões intertropicais. As regiões de cerrados são propícias à agricultura principalmente por sua temperatura constante, pela ausência de geadas, e pelas chuvas abundantes e regularmente distribuídas.
Precipitação: A precipitação varia entre 2.400 mm – no extremo sul da bacia e no litoral baiano – e 400 mm anuais, no alto curso do rio Vaza-Barris.
Evapotranspiração: A evapotranspiração real tem valor médio de 1.738 mm/ano
Disponibilidade e Usos da Água: Apresenta uma vazão média do conjunto das unidades hidrográficas de cerca de 1.400 m³/s, ou 1% da vazão de escoamento superficial observada no País. A vazão mínima (vazão com permanência de 95%) é de cerca de 240 m³/s. As maiores vazões específicas são observadas nos rios do Extremo Sul da Bahia (Rio Itanhém, 9,0 L/s/km²), rio Itaúnas (6,7 L/s/km²) e Jequitinhonha (6,2 L/s/km²), enquanto a menor está no rio Itapicuru (1,1 L/s/km²).
Usos Potenciais
Geração de Energia: A potência instalada é de 113.429 kW, distribuídos em 6 empreendimentos hidrelétricos (ANEEL, 2002). Destacam-se duas usinas (Funil e Pedra) no rio das Contas, na Bahia Navegação: Possibilidade de navegação extremamente reduzida e/ou de porte inexpressivo na quase totalidade das unidades hidrográficas.
Pesca: Atividade pouco explorada nas bacias costeiras, predominando a prática da pesca como atividade de subsistência familiar para a população ribeirinha. Nas unidades hidrográficas dos rios de Contas, Paraguaçu, Vaza-Barris e Recôncavo Baiano existem estações de piscicultura com produção de alevinos superior a 12 milhões/ano.
Turismo e Lazer: Essas atividades são mais desenvolvidas na orla marítima. A grande concentração de população flutuante nos pólos turísticos litorâneos e interiores configura uma grande demanda de água e de serviços de saneamento básico.
Aspectos Relevantes
Lançamento de esgotos domésticos que causam perdas ambientais e restringem usos para abastecimento. O impacto dos esgotos é mais significativo na área litorânea, uma vez que, por ter os maiores contingentes populacionais, tem lançamentos mais significativos que afetam atividades turísticas (balneabilidade das praias) e econômicas; além de aumentar o risco associado à propagação de doenças de veiculação hídrica
Lançamento de despejos das usinas sucro-alcooleiras que comprometem a qualidade das águas
Resolver conflitos entre a demanda para usos consuntivos e insuficiência de água em períodos críticos, principalmente nos rios Verde Grande e Mosquito, no norte de Minas Gerais e no Sub-Médio São Francisco.
Poluição difusa representada pelo lançamento de fertilizantes e agrotóxicos.
Demanda excessiva de água para irrigação, em alguns locais acima das disponibilidades.
Conflitos de ordem quantitativa, com demandas potenciais acima das disponibilidades médias, de maneira mais crítica nas unidades hidrográficas dos rios Itapicuru e Paraguaçu, e secundariamente na do rio Pardo
Estabelecer estratégias de prevenção de cheias e proteção de áreas inundáveis com ênfase nos rios Paraguaçú, Contas, Pardo e Jequitinhonha.
Expansão das atividades industriais e falta de controle da emissão de efluentes em corpos d’água
Definir estratégias que resultem no aumento da segurança hídrica para o abastecimento doméstico e que compatibilize os múltiplos usos da água, tais como: abastecimento humano, irrigação, piscicultura, dessedentação animal, lazer e turismo em toda região hidrográfica .
Promover ações que induzam à implantação e o fortalecimento institucional que permita avançar na gestão descentralizada dos recursos hídricos.
População: 13.641.045 habitantes, representando 8% da população do País (ANA, 2002a). Seguindo a tendência da distribuição populacional brasileira, 70% (aproximadamente 9,5 milhões de pessoas) desse contingente está nas cidades, principalmente nas regiões metropolitanas de Salvador e Aracaju.
Densidade Demográfica: 36 hab/km², enquanto a média do Brasil é de 19,8 hab/km²
Para saber mais, visite a página da ANA sobre a RH Atlântico Leste