Região Hidrográfica Amazônica
Área de Abrangência
Área Total: 6.925.674 km², no Brasil são 3.869.953 km², ocupando 42% da superfície nacional brasileira.
Países: Desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico, ao norte do Brasil, abrangendo territórios do Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,8%) e Guiana (0,2%).
Municípios: 294 municípios – As capitais Manaus (AM), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Macapá (AP), bem como os municípios de Santarém (PA) e Sinop (MT) são os centros urbanos que mais se destacam .
Clima
Tipo Climático: Tropical chuvoso
Temperatura: A temperatura média anual da maior parte da região hidrográfica situa-se na faixa entre 24º C e 26º C. Os meses mais quentes são setembro e outubro, enquanto que os mais frios vão de junho a agosto
Precipitação: A precipitação média na região é de 2.234 mm/ano, oscilando entre 2.033 e 2.512 mm ao longo da região hidrográfica.
Insolação: A insolação média anual varia de 1.500 a 3.000 horas, representando um percentual de 35% a 60% do total de horas de insolação e caracterizando elevada nebulosidade.
Umidade Relativa do Ar: A umidade relativa do ar média anual é praticamente uniforme, situando-se por volta de 80%. Março é o mês mais úmido, enquanto agosto apresenta os percentuais menores, com uma sazonalidade semelhante a que ocorre com as precipitações.
Evapotranspiração: A evapotranspiração média anual é de 1.320 mm, variando entre 441e 1.667 mm. Ao longo do ano o trimestre agosto-outubro apresenta os maiores valores, enquanto que o trimestre fevereiro-abril apresenta os menores.
Disponibilidade e Usos da Água: A potencialidade hídrica total da região pode ser representada pelo somatório das vazões médias dos diferentes tributários, estimada em 108.982 m³/s. A vazão específica média da região é de 29 L/s/km² na porção brasileira, apresentando grande variação nas unidades hidrográficas, com valores entre 17 e 64 L/s/km².
Usos Potenciais
Geração de Energia: Existem atualmente 32 usinas hidrelétricas na região hidrográfica, e uma potência instalada de 597.606 kW que corresponde à cerca de 1% da capacidade instalada de geração de energia elétrica nacional (ANEEL, 2002). As principais usinas hidroelétricas em operação na região hidrográfica são as de Samuel (RO), Balbina (AM) e Curuá-Uma (PA). Apesar do grande potencial hidrelétrico, aspectos como a grande dispersão entre os poucos centros urbanos da região hidrográfica, as grandes distâncias entre os potenciais e os principais centros consumidores nas demais regiões do País, além do passivo ambiental resultante de áreas alagadas, fazem com que a região tenha até o presente a predominância da geração térmica em sua matriz energética.
Navegação: De um modo geral, o rio Amazonas apresenta condições adequadas para navegação, com declividades baixas da ordem de 2 a 3 cm/km. Esta condição típica de rios de planície, com declividades reduzidas e baixas velocidades, estende-se a diversos dos seus principais afluentes, tais como o Purus, o Madeira, o Içá e o Japurá. Em outros, como o Tapajós, o Xingu e o Trombetas, tem-se características de rios de planalto.O Brasil possui cerca de 40.000 km de rede navegável permanente, dos quais 26.000 km já são precariamente navegáveis. Apenas na Região Hidrográfica do Amazonas a rede hidroviária atinge 25.000 km, representando mais de 60% da rede navegável do País.
Pesca: A pesca representa a segunda atividade geradora de empregos da região, e tende a aumentar com o crescimento populacional, visto que os peixes representam a principal fonte de suprimento protéico. Atualmente cerca de duzentas mil toneladas anuais de pescado são retiradas dos rios amazônicos. Dessa produção, 30% destina-se a outros mercados (cerca de 60% para os EUA e Japão), concentrando-se em poucas espécies de peixes como o pirarucu, o tucunaré, o curimatá, o matrinchã, o tambaqui e o jaraqui.
Turismo e Lazer: A intensa rede hidrográfica e a exuberância dos recursos de flora e fauna da região compõem quadros paisagísticos diversificados de inegável beleza. O ecoturismo surge com uma potencialidade evidente, capaz de representar uma atividade econômica importante para a região e colaborar para a preservação deste rico patrimônio ambiental.
Aspectos Relevantes
Estabelecer diretrizes e implementar ações destinadas à contenção de queimadas e desmatamentos descontrolados. Adicionalmente, fiscalizar e incentivar a manutenção da faixa de vegetação das áreas de proteção ambiental laterais aos corpos d’água.
Melhorar as condições de saneamento das capitais e principais núcleos urbanos, mediante a ampliação ou implementação de serviços de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgotos domésticos e industriais, bem como de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos sólidos; através dessas ações pretende-se reduzir os riscos associados à propagação de doenças de veiculação hídrica e melhorar indicadores sociais.
Em função da sazonalidade e intensidade das inundações e tendo em vista não ampliar os atuais problemas decorrentes das cheias, é importante que a expansão das áreas urbanas seja direcionada para que não sejam ocupadas áreas das planícies de inundação.
Tendo-se em vista problemas decorrentes do garimpo e mineração, como a contaminação por metais pesados e o assoreamento, é fundamental a fiscalização dessas atividades e implementação de programas para recuperação ambiental das áreas degradadas.
Disciplinar a expansão da fronteira agrícola, especialmente nas unidades hidrográficas dos rios Madeira, Tapajós e Xingu.
Expandir e aperfeiçoar o transporte hidroviário, com melhor aproveitamento dos 25.000 km de vias navegáveis, compatibilizando-a com a conservação ambiental e com os usos múltiplos, de modo integrado ao desenvolvimento local e regional.
Consolidar e ampliaras as redes de monitoramento hidrológicos existentes, inclusive a rede de alerta de cheias.
Incentivar o desenvolvimento de práticas sustentáveis, adaptadas às peculiaridades ambientais da região; incluindo a agricultura familiar, a pecuária, a agroindústria, a piscicultura, o extrativismo e o ecoturismo.
População: 7.550.526 habitantes, 4,5% da população do País
Densidade: 2,01 hab/km². A média do Brasil é de 19,8 hab/km². Apenas Rondônia apresenta densidade demográfica superior a 5 hab/km², enquanto que nos estados do Amazonas e Roraima a densidade é inferior a 2 hab/km².
Para saber mais, visite a página da ANA sobre a bacia Amazônica .