Região Hidrográfica Atlântico Sudeste
Área de Abrangência
Área Total: 229.972 km2 , 2,7% do território brasileiro
Países: Brasil (100%)
Estados: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro , São Paulo (25% da região Sudeste) , 5,2% do estado do Paraná
Municípios: – municípios –
Clima
Tipo Climático: Tropical de altitude com temperaturas amenas no verão; o clima é tropical úmido nas áreas litorâneas menos elevadas, com chuvas intensas no verão.
Precipitação: A precipitação média na região é de 1.352 mm/ano
Evapotranspiração: A evapotranspiração média de 803 mm/ano
Disponibilidade e Usos da Água: Apresenta uma vazão média do conjunto das unidades hidrográficas da ordem de 3.286 m³/s (2% do total do País). A disponibilidade hídrica média é de 1.012 m³/s, ou seja, 1,3% da disponibilidade média nacional (77.361 m³/s). A vazão específica nas unidades hidrográficas varia entre 7 e 20 L/s/km², sendo que a média da Região Hidrográfica é de 14,9 L/s/km².
Usos Potenciais
Geração de Energia: A geração de energia hidroelétrica na região é representada por 99 centrais hidrelétricas que totalizam uma potência de 3.788 MW (ANEEL, 2002).
Navegação: Possibilidade de navegação extremamente reduzida e/ou de porte inexpressivo na quase totalidade das unidades hidrográficas. A navegação fluvial praticamente não existe devido a um conjunto de fatores como: topografia acidentada, baixa vazão, assoreamento e reduzida extensão relativa dos rios, sistema de produção, barragens sem eclusas entre outros.
Pesca: Atividade pouco explorada nas bacias costeiras, predominando a prática da pesca como atividade de subsistência familiar para a população ribeirinha. Atividade em expansão em alguns trechos de regiões serranas.
Turismo e Lazer: Essas atividades são mais desenvolvidas na orla marítima. A grande concentração de população flutuante nos pólos turísticos litorâneos e interiores configura uma grande demanda de água e de serviços de saneamento básico.
Aspectos Relevantes
Lançamento de esgotos domésticos que causam perdas ambientais e restringem usos para abastecimento. O impacto dos esgotos é mais significativo na área litorânea, uma vez que, por ter os maiores contingentes populacionais, tem lançamentos mais significativos que afetam atividades turísticas (balneabilidade das praias) e econômicas; além de aumentar o risco associado à propagação de doenças de veiculação hídrica.
O histórico de uso do solo (desmatamentos, conservação inadequada e conseqüente erosão dos solos, exploração mineral, garimpos, extração de areia e argila na calha e margens dos rios), tem ocasionado graves problemas de degradação da qualidade da água, assoreamento e enchentes.
Elevada captação de água do rio Paraíba do Sul (aproximadamente 60% da disponibilidade hídrica no trecho de captação), devido a transposição das águas efetuada pelo Sistema Guandu e que tem a finalidade de gerar energia e abastecer grande parte do Litoral do Rio de Janeiro. Esta captação, representa mais de 92% de toda a água captada nesse rio e nos períodos de estiagem esta retirada tem contribuído para agravar a redução da qualidade da água do rio nos trechos à jusante devido à diminuição da capacidade de diluição de efluentes .
Conflitos de uso da água relacionados à sua baixa disponibilidade na unidade hidrográfica do Litoral de São Paulo, que obriga a transposição de água do Alto Tietê para atendimento da demanda e controle da intrusão salina.
Promover ações que induzam à implantação e o fortalecimento institucional que permita avançar na gestão descentralizada dos recursos hídricos.
População: 25.644.396 habitantes, 15,1% da população do País, sendo que 89,7% da população vive em áreas urbanas e, especificamente nos Litorais do Rio de Janeiro e São Paulo, esse percentual atinge respectivamente 95,6% e 97,9% .
Densidade Demográfica: 111,51 habitantes por km² enquanto a média do Brasil é de 19,8 de habitantes por km². Uma das características demográficas marcantes dessa região são os significativos adensamentos populacionais, onde se destacam da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), com mais 3.000 hab/km², e concentrações máximas de 12.835 hab/km² em São João de Meriti. Além da RMRJ, os maiores centros urbanos encontram-se na Região Metropolitana de Vitória e na Baixada Santista.
Para saber mais, visite a página da ANA sobre a RH Atlântico Sudeste.