Região Hidrográfica do Parnaíba
Área de Abrangência
Área Total: 344.112 km², 3,9% do território nacional
Países: Brasil (100%)
Estados: Piauí (99%), Maranhão (19%), Ceará (10%)
Municípios: municípios –
Clima
Tipo Climático: A região é caracterizada por um clima dividido em dois tipos: o megatérmico chuvoso (variedade AW´ – quente e úmido com chuvas de verão e outono, temperaturas relativamente mais baixas em março ou abril e com ocorrência na região litorânea e no baixo Parnaíba) e o semi-árido (BS – caracterizados por temperaturas elevadas e estáveis, superiores a 18oC, baixas precipitações médias anuais com má distribuição das chuvas e correspondem às áreas de caatinga hiperxerófita). Cabe destacar uma variedade do clima AW´ – o BSwh´, é do tipo semi-árido com curta estação chuvosa no verão e com atuação no sudeste da bacia.
Temperatura: A temperatura média anual na região é de 27°C
Precipitação: A precipitação média é de 1.726 mm/ano
Evapotranspiração: A evapotranspiração média de 1.517 mm/ano
Disponibilidade e Usos da Água: A vazão média na Região Hidrográfica do Parnaíba, de 763 m³/s, é muito pequena em relação ao total nacional (0,5%). A disponibilidade hídrica média por habitante é de 18,2 m³/hab/dia, que corresponde a 20% da disponibilidade média nacional (88,9 m³/hab/dia).
Usos Potenciais
Geração de Energia: O potencial de geração de energia é da ordem de 237.300 kW, destacando-se a central hidrelétrica de Boa Esperança, (ANEEL, 2002)
Navegação: Possibilidade de navegação extremamente reduzida e/ou de porte inexpressivo na quase totalidade das unidades hidrográficas, com exceção do trecho do rio Parnaíba a jusante da barragem de Boa Esperança.
Pesca: Atividade pouco explorada e com maior importância relativa no trecho do Baixo Parnaíba e em lagoas marginais desta região adjacentes ao leito do rio Parnaíba, predominando a prática da pesca como atividade de subsistência familiar para a população ribeirinha.
Turismo e Lazer: Essas atividades são mais desenvolvidas na área costeira (Delta do Parnaíba). A grande concentração de população flutuante nas cidades litorâneas e interiores configura uma grande demanda de água e de serviços de saneamento básico.
Aspectos Relevantes
Nos maiores centros populacionais, problemas relacionados ao lançamento de esgotos domésticos que causam perdas ambientais e restringem usos para abastecimento. Cabe destacar o impacto dos esgotos na área litorânea (cidade de Parnaíba), uma vez que isso tem afetado as atividades turísticas e econômicas; além de aumentar o risco associado à propagação de doenças de veiculação hídrica.
Mudança do balanço hídrico na região hidrográfica devido às obras civis (barragens, diques, canais de drenagem etc.) na calha e adjacências do rio Parnaíba e perda de manguezais e matas ciliares para o cultivo de arroz irrigado por inundação no Baixo Parnaíba .
Conciliação entre a pesca e o cultivo de arroz no Baixo Parnaíba.
Uso múltiplo da água subterrânea destinada à irrigação e ao abastecimento doméstico.
Assoreamento e inundação de trechos do rio Parnaíba e de afluentes, em função de práticas agrícolas inadequadas.
Necessidade de avançar no sistema de gestão de recursos hídricos.
População: 3.630.431 habitantes, integralmente inserida na região nordeste e não contemplando densos agrupamentos. Uma das características da região é o grande contingente populacional vivendo na área litorânea, em especial no centro sub-regional representado pela cidade de Parnaíba.
Densidade Demográfica: Quadro demográfico de baixa evolução populacional e elevada proporção de população rural (40%), relativamente à média nacional que é de 18,2%. A densidade demográfica na região é de 10,9 hab/km², com destaque para a unidade hidrográfica de Poti, onde se situa a capital estadual e que possui 24,1 hab/km² e o maior índice de urbanização (75%).
Para saber mais, visite a página da ANA sobre a RH do Parnaíba