Outras pesquisas
As seguintes pesquisas foram realizadas em amostras coletadas ocasionalmente, durante paradas completas na água, usando redes finas.
Diatomáceas
As diatomáceas são micro-algas da Divisão Bacillariophyta que vivem tanto nas águas doces quanto nas águas marinhas. Uma das importantes características deste grupo de micro-algas é o fato de possuírem uma carapaça (chamada de frústula) de sílica, o que as torna muito resistentes à decomposição depois de mortas. Além disto, algumas das espécies de diatomáceas apresentam determinadas exigências ecológicas bastante rígidas, o que possibilita a relação entre as condições da água e a comunidade de diatomáceas presente. Assim, aproveitando estas características citadas, estão tentando estabelecer uma relação entre as condições da água (pH, temperatura, oxigênio dissolvido, etc) com as comunidades de diatomáceas encontradas nos sedimentos superficiais. Uma vez identificadas as espécies indicadoras de diferentes ambientes, as diatomáceas poderão ser utilizadas para definir a evolução das condições de qualidade da água ao longo de um intervalo de tempo, o que é chamado de paleolimnologia.
Este estudo foi realizado no Laboratório de Estudos Paleoambientais da UFF, sob a responsabilidade da Dra. Ana Luiza S Albuquerque e cooperação do estudante de doutorado Doriedson Gomes Ferreira
Biodiversidade de Zooplâncton
Zooplâncton são formas minúsculas de animais que vivem “flutuando” na água. Muitas formas jovens de peixes e camarões, por exemplo, também fazem parte do zooplâncton, antes de crescerem, amadurecerem e virarem adultos. Além destes jovens, existem animais que passam a vida toda como zooplâncton e que servem de alimento para os jovens de peixes . Estes animais são tão pequenos que só podem ser vistos com o auxílio de um microscópio, pois seu tamanho é na escala de mil vezes menor que o milímetro. Por este motivo estão sendo utilizadas redes com aberturas de 68 µm (0,068 mm) para a coleta do zooplâncton.
O estudo pesquisa a diversidade, ou seja, quais os grupos de organismos presentes e em que quantidade. São estudados, principalmente, 3 grupos taxonômicos: copépodos , cladóceros (crustáceos) e rotíferos. As espécies encontradas podem ajudar a caracterizar o local, tirar um retrato do ambiente e seu estado de conservação, pois muitas representam indicadores da qualidade de água, ocorrendo em ambientes mais eutrofizados ou menos eutrofizados.
Os pesquisadores responsáveis foram: Dra. Takako Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia (IIE) de São Carlos, SP e Dr. Abílio Lopes de Oliveira Neto, da Universidade de São Paulo – CRHEA-UNISA.